INTRODUÇÃO
Aceita-se que em nível de 40% da capacidade de trabalho aeróbio o volume sistólico (VS) atinge seu máximo(23). Isso aplica-se tanto a indivíduos treinados, quanto destreinados, de ambos os sexos.
O VS máximo do indivíduo bem treinado é bem maior do que o de pessoa sedentária, graças à participação de fatores hereditários e à maior potência contrátil do miocárdio(4).
O débito cardíaco (DC), produto do VS pela freqüência cardíaca (FC), aumenta continuadamente com o exercício, mas o equilíbrio do DC a partir de 40 a 50% da capacidade máxima é mantido, basicamente, à custa da elevação da FC. A elevação do DC também será maior nos indivíduos treinados.
Embora exista vasodilatação periférica que se estabelece durante a atividade física, ocorre elevação da pressão arterial sistólica (PAS) devido fundamentalmente ao incremento do DC.
ASPECTOS FISIOLÓGICOS DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA NO EXERCÍCIO
Em 1889 já se demonstrava que a PAS e a FC se elevavam durante e imediatamente após o trabalho muscular(11). Em geral, essa elevação da PAS é acompanhada de redução ou nenhuma modificação na pressão arterial diastólica (PAD).
A pressão sanguínea na aorta é mantida pela integração dos seguintes fatores: DC, resistência periférica, elasticidade das principais artérias, viscosidade do sangue e volume sanguíneo.
O fluxo sanguíneo local é determinado principalmente por uma cabeça de pressão e pelo diâmetro dos vasos presentes. O tônus vasomotor é fornecido pelas fibras simpáticas vasoconstritoras provenientes da área vasomotora na medula oblonga; a substância transmissora é a noradrenalina. Os receptores de membrana do tipo alfa têm distribuição comum no leito vascular e promovem vasoconstrição. Existem receptores do tipo beta em algumas seções précapilares de resistência, tais como nos músculos esqueléticos e no miocárdio, onde a adrenalina pode levar ao relaxamento dos músculos lisos destes vasos(6).
Existe incremento mais acentuado da PAS nos dois primeiros minutos de exercício (fase de aquecimento); após o aquecimento, se estabelece um valor constante (fase de equilíbrio) e o nível da PAS a seguir dependerá da intensidade do exercício.
Quando o trabalho físico é interrompido, ocorre queda imediata da pressão arterial (PA)(2). Na fase de recuperação, observa-se diminuição mais ou menos uniforme da PA, exceto no intervalo entre o segundo e o quarto minuto, quando há menor redução dos valores percentuais(29).
A extensão da queda de PA dependerá da postura, da temperatura ambiente, da duração do exercício e da interrupção súbita ou não do exercício. A PA eleva-se pouco acima dos níveis prévios ao esforço.
A partir de dados obtidos da literatura têm-se os valores médios de PAS observados no quadro 1 para adultos jovens do sexo masculino(2).
Explicação: >:D