Final da Segunda Guerra Mundial, dois países acabaram se tornando potência: os Estados Unidos e a União Soviética que eram respectivamente o primeiro e o segundo país mais rico do mundo. O primeiro era capitalista, e o segundo socialista e, portanto, tinham ideais contrários no que se trata da reconstrução de um equilíbrio para o mundo pós-guerra. Por isso, as duas potências criaram uma grande rivalidade que chegou a assustar aos países restantes. Aqueles que viam a situação de fora, tiveram de formar alianças quando começou a haver uma divisão de interesses mais intensa entre os dois países: Europa Ocidental, Japão e Canadá se aliaram aos Estados Unidos, enquanto alguns países como Romênia, Bulgária, Albânia, Parte da Alemanha, China, Iugoslávia, Hungria, Polônia e Tchecoslováquia se tornaram aliados da URSS (União Soviética).
União Soviética X Estados Unidos
A Guerra Fria é definida por muitos historiadores como um conflito que aconteceu ideologicamente, apenas, sem haver embate militar direto entre EUA e URSS. A União Soviética, com seu sistema socialista, tinha partido único – Comunista -, igualdade social e economia planificada, porém com ausência de democracia. De outro lado, Estados Unidos, capitalista, defendia expansão do sistema capitalista baseando-se na economia de mercado e no sistema democrático, assim como na propriedade privada. Ambos queriam levar seus ideais políticos para o restante do mundo como uma forma de reconstruir os países após a destruição causada pela Segunda Guerra Mundial.
Se formaram, diante das duas potências, blocos militares que objetivavam defender os interesses dos países membros. A OTAN, ou Organização do Tratado do Atlântico Norte, de um lado, surgiu em abril de 1949, e era liderado pelos EUA com base nos países membros, que eram Estados Unidos, Canadá, Grécia, Áustria, Dinamarca, Holanda, Bélgica, Suécia, França, Alemanha Ocidental, Inglaterra, Portugal, Itália e Espanha, sendo que esta última entrou somente em 1982. Do outro lado, o Pacto de Varsóvia, que era comandado pela União Soviética defendendo os países socialistas, como a própria URSS, Polônia, Tchecoslováquia, Albânia, Alemanha Oriental, Romênia, Coreia do Norte, China e Cuba.
Na Alemanha, a situação foi dividida: após a Segunda Guerra, ergueu-se um muro em Berlim que dividia a área do país entre as duas potências. A República Democrática da Alemanha ficou sendo zona de influência soviética com capital em Berlim. A República Federal da Alemanha, por sua vez, com capital em Bonn, ficou como zona de influência capitalista.
Ambos os lados desenvolveram planos econômicos para desenvolver seus países aliados e, ao final da década de 1940, os Estados Unidos colocaram em prática o que ficou conhecido como Plano Marshall, que oferecia ajuda econômica – usando principalmente empréstimos – para reconstruir os países que haviam sido afetados pela Segunda Guerra Mundial. A URSS lançou o COMECON, criado 9 anos depois para garantir ajuda de forma mútua entre os países aliados.
A Corrida Armamentista e outras disputas
Imagem: Reprodução
Imagem: Reprodução
As duas potências, ambas vitoriosas da Segunda Guerra Mundial, ao final desta, possuiam poder bélico com armas que foram desenvolvidas antes e durante o conflito, envolvendo tanques, aviões, submarinos, navios de guerra e mísseis balísticos, que eram as armas denominadas convencionais, mas contavam ainda com armas químicas não convencionais. Uma das armas desenvolvidas no período foi a bomba atômica, cuja posse era dos Estados Unidos, que vinham aumentando seu poder bélico e superioridade militar.
Diante da vantagem dos Estados Unidos, a União Soviética viu necessidade de iniciar um programa de pesquisas objetivando construir também bombas, o que conseguiram no ano de 1949. Logo depois foram passados para trás novamente pelos EUA, que desenvolveram e testaram a primeira bomba de hidrogênio, cujo poder era mais de 100 vezes maior que o da bomba atômica. Somente em 1953 a União Soviética conseguiu copiar por meio de espionagem essa tecnologia.
A corrida armamentista entre os dois países era motivada pelo medo que ambos tinham de ficar para trás na produção bélica, e também como uma forma de mostrar quem era capaz de destruir ao outro. Na década de 1960, com o avanço da corrida, Estados Unidos e URSS tinham em suas mãos armas suficientes para destruir qualquer país do mundo. O que impediu, então, que houvesse uma guerra nuclear? Ambos tinham poderes para destruir ao outro mesmo sobrevivendo a um ataque nuclear, de forma que haveria retaliação e ambos acabariam destruídos, no claro conceito de “Destruição Mútua Assegurada”, ou ainda “Equilíbrio do Terror”.
Além da guerra armamentista, houveram outras disputas ideológicas entre os países. Os Estados Unidos promoveram uma caçada de combate intenso ao comunismo não somente em seu território, mas em todo o mundo.
Calma que vou colocar parte ||